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As gramáticas registram que o substantivo certeza, quando requer complemento, esse venha regido pela preposição de.
Francisco Fernandes no Dicionário de regimes de substantivos e adjetivos. (Globo, s/d.) registra também a regência certeza em (… certeza nas coisas deste mundo). Celso Pedro Luft, no Dicionário de regência nominal. (Ática, 1999), registra também a preposição sobre (…certeza sobre o que é correto no falar e no escrever).
Assim, temos:
Casos em que a preposição é de rigor e vem explícita, mesmo com a negativa.
Tenho certeza de seu apoio.
Tenho certeza de contar com seu apoio.
Tenho certeza de tudo.
Não tenho certeza de seu apoio.
Não tenho certeza de contar com seu apoio.
Não tenho certeza de tudo.
Casos em que se omite a preposição, o que é comum quando o complemento de certeza é uma oração introduzida pela integrante que:
Tenho certeza (de) que você virá.
Não tenho certeza (de) que você virá.
Tenho certeza (de) que ela leu o livro.
Não tenho certeza (de) que ela leu o livro.
Tenho certeza (de) que tranquei a porta.
Não tenho certeza (de) que tranquei a porta.
É frequente, porém, a construção em que o complemento oracional de oração negativa (não tenho certeza) dos exemplos anteriores venha introduzido pela conjunção SE em vez de QUE e sem nenhuma preposição:
Não tenho certeza se você virá.
Não tenho certeza se ela leu o livro.
Não tenho certeza se tranquei a porta.
Esse tipo de construção pode decorrer do fato de o falante “sentir” que aquilo que é o complemento de certeza na forma (o fato dado como certo) como uma condição (fato duvidoso).
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