Literatura

A palavra mágica

13 minutos Para este artigo, escolhi um conto bastante leve e divertido do autor português Vergílio Ferreira (1916 – 1996) chamado “A palavra mágica”. Lembram daquela brincadeira chamada Telefone sem fio? Uma pessoa conta uma história que deve ser contada a outra e esta deve contar a outra e assim por diante. A graça da brincadeira está no fato de que cada um conta a história a modifica um pouco. O conto de Vergílio Ferreira, de certa forma, lembra essa brincadeira, mas sua base Leia mais

Ulisses, um poema de Fernando Pessoa

10 minutos Ulisses Neste artigo, comento o poema “Ulisses”, de Fernando Pessoa, que faz parte da obra Mensagem. Antes dos comentários, peço que leiam o poema, que é bastante curto. Ulisses   O mito é o nada que é tudo. O mesmo sol que abre os céus É um mito brilhante e mudo – O corpo morto de Deus, Vivo e desnudo.   Este, que aqui aportou, Foi por não ser existindo. Sem existir nos bastou. Por não ter vindo foi vindo E nos Leia mais

Tennyson, poema 51 de In memorian

2 minutos Normalmente, os posts do blogue sobre literatura tratam de manifestações literárias em prosa, contos, romances, novelas. Falo pouco sobre poesia, porque acho que não se tem de falar de poesia, tem de se ler e sentir a poesia. Certos poemas, verdadeiras obras-primas, não circulam muito, impossibilitando que muita gente tenha acesso a eles. Uso então esse espaço para divulgar um deles. Há quem afirme que a poesia lírica apresenta apenas dois temas: o amor e a morte. Isso não é verdade, evidentemente, Leia mais

Tomada de hábito, Katherine Mansfield

2 minutos Hoje, trato de uma autora de quem ainda não comentei nenhum conto neste espaço, a escritora neozelandesa Katherine Mansfield (1888 – 1923). 
O conto se chama “Tomada de hábito” e está num livrinho publicado pela Editora Paz e Terra chamado Cinco contos. 
Mansfield, cujos contos são bastante influenciados por Tchékhov, era uma escritora bastante admirada por Virgínia Woolf. Relembro post meu de 2017 em que comento que a Folha de S. Paulo lançou uma coleção chamada Mulheres na literatura e um dos Leia mais

Angústia, um conto de Anton Tchékhov

4 minutos Em diversas oportunidades manifestei minha admiração por Anton Tchékhov (1860 – 1904). Então espero que entendam eu comentar mais uma vez uma obra de sua autoria. Hoje trago um conto do autor russo que se deve ler sentado, com a espinha ereta, em posição de meditação, uma pequena obra-prima: Angústia. Depois de lê-lo, não seremos mais os mesmos. O conto faz parte do livro A dama e o cachorrinho e outros contos, traduzidos para o português diretamente do russo por Boris Schnaiderman Leia mais