Literatura

As baratas

As baratas

2 minutos No post dedico algumas poucas linhas a um contista não muito lido entre nós, o que é uma pena, pois seus contos são verdadeiras obras-primas. Falo de Bruno Schulz, um escritor judeu de origem polonesa, nascido em 1892 e assassinado em plena rua por um oficial nazista em 1942. A antiga editora Cosac Naify havia lançado em 2012 um volume com a ficção completa do autor, com tradução e posfácio de Henryk Siewierski e depoimento de Witold Gombrowicz, numa belíssima edição com Leia mais

A mão do macaco

2 minutos Se fizerem uma pesquisa entre escritores sobre seu conto preferido, é quase certo que A mão do macaco, de W. W. Jacobs apareça nas primeiras colocações. Esse é o conto de horror que mais aparece em antologias e é sobre ele que falo neste post. A cena de A mão do macaco se passa numa casa afastada, numa noite fria e úmida. Na casa, mora o casal White e seu filho Herbert. Os moradores recebem a visita do sargento Morris, que tinha Leia mais

Decameron

3 minutos A motivação para este artigo surgiu de um post que circulou nas redes sociais em que o pastor Silas Malafaia, contrariando todas as recomendações das autoridades sanitárias e da comunidade científica, que solicitavam que se evitassem aglomerações por causa do coronavírus, insistia em dizer que não iria suspender os cultos de sua igreja. O que tem a ver as declarações de Malafaia e o coronavírus com o Decameron? Explico. O Decameron é um conjunto de novelas escritas por Giovanni Boccaccio (1313 -1375) Leia mais

Os males do tabaco

2 minutos Quem me conhece sabe da minha admiração profunda pelo escritor russo Anton Tchékhov (1860 – 1904). Já comentei aqui alguns de seus contos e já falei de suas peças. Volto a Tchékhov para falar de uma obra que não tinha lido ainda: “Os males do tabaco”. Esse texto aparece num pequeno livro publicado pela Ateliê Editorial chamado Os males do tabaco e outras peças em um ato. A seleção, organização e notas é de Homero Freitas de Andrade. O livro traz sete Leia mais

Inícios de obras literárias

2 minutos Volta e meia, vejo comentários sobre as melhores frases que iniciam obras literárias. Algumas são sempre citadas como “Trata-me por Ishmael.” (Moby Dick, de Herman Melville) e “Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso”. (A metamorfose, de Franz Kafka). Poderia aumentar as referências citando: “Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes o são cada uma à sua maneira”.  (início de Ana Karienina, de Leon Tolstói) “Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia Leia mais