Crônicas

Escrevendo à moda antiga

Escrevendo à moda antiga

2 minutos No último post, falei sobre o ato de ler. Neste, vou tratar de forma muito pessoal do ato de escrever. Minha atividade profissional está ligada à escrita. Creio que deve fazer bem mais de trinta anos que, no exercício de meu trabalho, escrevo textos exclusivamente usando o teclado de um computador. A caneta (adoro canetas, tenho várias) serve apenas para escrita de coisas pessoais: anotações de aulas, recados, pequenas listas, bilhetinhos, avisos, dedicatórias em livros, enfim, coisas de pequeníssima extensão em que Leia mais

O divórcio da aluna de letras clássicas

1 minuto Júlia Consuetude, assim que se bacharelou em Latim numa universidade pública, casou-se com seu vizinho, Daniel Frígido, caixa no Banco do Brasil, de quem era namorada desde que era uma núbil adolescente de libidinosos desejos que até Vênus reprovaria. Júlia Consuetude, excelente aluna na graduação, foi admitida no doutorado em literatura latina. Sua paixão era Ovídio e esperava que alguma metamorfose tornasse seu gemebundo marido menos tépido e burocrático. Não mais suportando as prolongadas crises de abstinência do consorte, procurou um advogado Leia mais

Meu primeiro aluno

4 minutos No blogue, há um espaço para a publicação de crônicas. Nele, eventualmente, apresento relatos de acontecimentos relativos a temas tratados no blogue. Abaixo, segue crônica em que trato da experiência de minha primeira aula. Meu primeiro aluno Para cumprir obrigação profissional, desloquei-me para o centro da cidade, por onde perambulei a manhã toda revendo pessoas e lugares. A certa altura, subia a rua São Joaquim, no bairro da Liberdade, e passei em frente ao colégio Presidente Roosevelt, uma conceituada escola pública bastante Leia mais

Catão, o coach

3 minutos Este post difere dos demais que tenho publicado no blogue. Preferi abordar um assunto relativo à língua a partir de uma crônica cuja inspiração surgiu de uma conversa a bordo de um voo de São Paulo para Salvador. A palavra de que trato é, como outras tantas que circulam por aí, uma importação do inglês. Se ela soa como novidade entre nós, o que ela significa é algo bastante antigo, por isso acabo citando na crônica dois coachs famosos. Segue a crônica. Leia mais

Vaso grego

2 minutos Conversando com uma amiga, estudante na FFLCH, lembrei-me de um episódio ocorrido na Letras da USP na década de 1970. Certo aluno de cujo nome não me lembro, cursara a disciplina Literatura Grega I, ministrada pelo Professor José Cavalcante de Souza (UAU!!!). No curso, entre uma baforada e outra no cachimbo que teimava em apagar, o menino-aluno ficou encantando ao descobrir que “a tragédia grega, o ápice da cultura muderrna”, fora influenciada por ritos de passagem. Em êxtase, ouvia o barbudo cearense, falar Leia mais